
Em todo o País, o transporte aéreo de passageiros vem apresentando problemas devido à crise do setor nos aeroportos e com os atrasos infinitos que existe, muitos turistas preferem pegar um navio do que amargar horas e horas a fio nas filas esperando embarcar para seus destinos.
Nesse sentido a temporada de cruzeiros marítimos, cuja temporada brasileira tem início em Outubro, tornou-se uma alternativa para quem não quer deixar de viajar além de ser algo novo e de fácil acesso (devido às inúmeras facilidades de pagamento).
A procura cresceu com o passar dos anos sendo que nesta temporada 2007/2008, esperam-se 70 mil passageiros a mais que na anterior, uma vez que serão 16 os transatlânticos na costa brasileira, operados por empresas como CVC, MSC, Costa Cruzeiros e Sun&Sea.
Em contra partida ao crescimento do mercado de cruzeiros esta a infra-estrutura portuária brasileira que não é das melhores. Resta saber se os portos estarão preparados para absorver esse aumento dos cruzeiros ou acontecerá o mesmo que no setor aéreo, atrasos, stress e descaso das autoridades?
Reportagem completa no link:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/noticias/ult338u317121.shtml
Links relacionados com a reportagem:
http://noticias.uol.com.br/uolnews/brasil/reportagens/2006/11/23/ult2616u361.jhtm
Analise
O fato é que bem antes de se começar a se falar sobre crise aérea no Brasil, o mercado dos cruzeiros marítimos apresentou um crescimento significativo devido a diversos fatores (facilidade de pagamento, valorização do Real, cruzeiros de curta duração, cruzeiros nacionais, etc). Normalmente a temporada brasileira, coincide com o inverno no hemisfério norte, quando as companhias marítimas deslocam seus navios ociosos para esse novo mercado emergente. As companhias já perceberam que o Brasil é um mercado emergente e os turistas descobriram que viajar de navio é vantajoso, pois oferece uma grande variedade de opções de lazer e entretenimento como se fosse um resort flutuante, além de possibilitar a visita a vários destinos cobiçados. A viagem se torna benéfica, pois alia o luxo e conforto dos resorts e hotéis cinco estrelas com a possibilidade de desfrutar de novas culturas, cidades turísticas, atrativos naturais, entre outros. Com o início da crise aérea, o setor cresceu vertiginosamente. Por um lado, as grandes companhias investem cada vez mais em novos navios, pois os destinos tradicionais como Caribe, Mediterrâneo, Bahamas entre outros já estão ficando saturados. As empresas pretendem investir nos destinos exóticos e isso é um privilégio para o Brasil. O país poderá ganhar com isso, mas, primeiramente precisa investir e melhorar sua infra-estrutura portuária e turística.
É fato que esse crescimento é ótimo para a atividade turística, mas tem que se analisar e avaliar a situação com muito cuidado para não prejudicar o turista. Uma vez que a maioria dos cruzeiros partem dos portos de São Paulo e do Rio de Janeiro, ou seja, um turista que resida em outro estado tem que se deslocar para essas capitais. E qual é meio de transporte que provavelmente ele vai escolher? É por isso que eu acho que, o setor não se beneficia da crise aérea, porque a maior parte de seus passageiros precisa fazer no mínimo pequenos deslocamentos aéreos na malha doméstica, tanto para chegar ao local de partida dos cruzeiros de cabotagem (que começam e terminam dentro do País) como para voltar para casa do ponto final da viagem dessas embarcações.
Além dessa questão do deslocamento até os portos, não se pode ignorar o fato de que nossos portos não tem infra-estrutura suficiente para absorver esse crescimento do setor de cruzeiros turísticos. Uma vez que, as operações portuárias são o principal entrave para o desenvolvimento do turismo náutico, onde os portos brasileiros não oferecem condições apropriadas. No Brasil os portos são criados com equipamentos para navios cargueiros, e não para embarque/desembarque de turistas de viagens marítimas. Por várias ocasiões os passageiros são tratados como “grãos” nos portos brasileiros, desembarcando em meio a contêineres e mercadorias em geral.
Proposição:
Assim como na crise aérea creio que não exista outra solução, para evitar transtornos e problemas no setor dos cruzeiros, a não ser uma melhora na infra-estrutura portuária brasileira. Uma vez que o Brasil tem mais de 7.000km de litoral e rios navegáveis como o Amazonas se faz necessário portos com área de embarque e desembarque exclusiva para passageiros (turistas), e uma infra-estrutura de apoio ao turismo completa como é o caso dos aeroportos com (lanchonetes, restaurantes, agências de viagens, casas de câmbio etc) onde todos os tipos de transatlânticos possam aportar.
Pois na disciplina de Transportes Turísticos, cursada no 4º período do curso, tivemos conhecimento que nem todos os transatlânticos podem atracar nos portos brasileiros por causa do calado (profundidade mínima necessária para o navio flutuar). Os portos brasileiros a média do calado é de 8 metros sendo que o maioria dos cruzeiros precisam de 7 a 10 metros de profundidade para não encalhar. A solução a curto prazo é dragar (retirar a lama e areia do fundo do mar) nas águas perto dos portos.
Um comentário:
então, porque não propões portos iguais a aeroportos que são iguais, por sua vez, a shopping centers?!?! independente de serem transatlânticos, poderiam ser portos de pequeno e médio porte também [como shoppings centers de bairros] a fim de ajudar também no desenvolvimento da atividade marítima brasileira interna, pois temos muitos rios né?!?!?!
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