terça-feira, 18 de setembro de 2007

P[03] Valorização do turista portador de necessidades especiais


A reportagem diz respeito à inclusão social dos turistas portadores de necessidades especiais e a valorização desse turista para a atividade turística uma vez que cerca de 25 milhões de brasileiros, ou 14,5% da população, possui algum tipo de deficiência, de acordo com os últimos dados do IBGE. E apenas 4% desse universo têm acesso aos chamados serviços especiais.

A reportagem descreve as ações de algumas pessoas no intuito de promover mais acessibilidade e relata também as experiências turísticas de algumas pessoas portadoras de necessidades especiais que venceram as dificuldades e que estão agora engajadas na luta por melhores acessos para os turistas que são (PNE) portadores de necessidades especiais.

Reportagem completa no link:

http://institucional.turismo.gov.br/portalmtur/opencms/institucional/noticias/arquivos/especialista_diz_valorizacao_turista_deficiente_atitude_mercado.html


Análise


O Turismo e o Lazer constituem, hoje em dia, a principal atividade de vários países, sendo um dos setores que mais cresce. Onde os turistas, dos mais variados tipos, procuram sempre por bons serviços e ótimos preços. Entre estes milhares de turistas, existem alguns com necessidades especiais para os quais o acesso ao turismo e ao lazer se torna algo complicado, devido aos mais variados obstáculos existentes, quer sejam eles sociais, físicos ou culturais.

É preciso alertar para a importância da remoção das barreiras, que impedem o acesso das pessoas PNE de se beneficiarem (usufruírem) da atividade turística.

O turismo na maioria das vezes é inacessível para os deficientes fiscos, visto que os equipamentos turísticos com os Hotéis na sua maioria não oferecem condições de hospedagem aos deficientes dado a inúmeras barreiras arquitetônicas existentes que impedem o acesso deles a esses estabelecimentos. Fazer turismo para eles é sempre muito difícil, embora sabendo que um número enorme desses deficientes tem boa condição financeira e investe bastante neste setor pelo menos uma vez por ano. Mas muitas das vezes deixam de gozar deste direito por encontrarem inúmeras dificuldades no acesso aos diversos locais turísticos.

A inclusão desse segmento, das pessoas (PNE) na atividade turística é muito importante primeiro por se tratar de seres humanos com direitos como outros quaisquer e segundo pela possibilidade de novos mercados.


Proposição

Eu acho que todo o profissional ligado à atividade turística deveria passar pela experiência de ser um portador de necessidades especiais pelo menos um dia na sua vida. Isso mesmo, a idéia é fazer com que os turismólogos ou pessoas ligadas à atividade conheçam as dificuldades enfrentadas pelas Pessoas Portadoras de Deficiências e se preparem para melhor atendê-las.

De modo que fossem criados e desenvolvidos roteiros específicos para as pessoas (PNE).

Tais roteiros contemplariam todos os tipos de necessidades especiais, desde pessoas cegas, cadeirantes (pessoas que usam cadeiras de rodas) até portadores de Síndrome de Down. As atividades seriam adaptadas para cada tipo de necessidade e desenvolvidas por uma equipe de profissionais de diversas áreas (educação física, psicólogos, turismólogos e outros). Estes proporcionariam a inclusão dos PNE, oferecendo-os maior autonomia e independência, além da maior diversidade de atividades ainda não oferecidas a esse segmento, com segurança e profissionalismo.

Exemplo: Um roteiro para deficientes visuais que promovesse contato direto com a natureza (trilhas ecológicas, plantar árvores, brincar com animais, pescaria, etc) de modo a explorar todos os outros sentidos. Fazendo-os acreditarem em suas capacidades e na superação de seus limites.

Entretanto, tal ato seria contemplado não só por deficientes, mas também por pessoas com mobilidade reduzida, temporária ou permanente sendo preciso pensar ainda nas mulheres grávidas, nos idosos e pessoas que têm outros problemas de mobilidade.

Mas se faz necessário também que o governo brasileiro faça a sua parte, promovendo políticas públicas voltadas exclusivamente à acessibilidade de forma a conscientizar e sensibilizar a sociedade civil sobre esse assunto.

Sites relacionados:

http://turismoparadeficientes.zip.net/

http://www.turismo.gov.br/portalmtur/opencms/regionalizacao/modulos/noticias/arquivos/ministerio_turismo_divulga_roteiros_turisticos_braile.html

http://institucional.turismo.gov.br/portalmtur/opencms/institucional/noticias/arquivos/inclusao_de_deficientes_entra_na_agenda_do_mtur.html

http://www.ritserturismo.com.br/d_uteis.php

P[02] Você conhece seus direitos a respeito do “apagão aéreo” ?

Resumo do artigo de autoria de Ademir de Oliveira Costa Júnior Advogado em São Paulo (SP), mestrando em Direito pela Unifieo, especialista em Direito Processual Civil pela Universidade Mackenzie, especialista em Direito Empresarial pela UNISINOS.

O artigo elaborado por Ademir Oliveira conta todos os fatos que levou ao caos aéreo e procura analisar de forma a definir o problema da responsabilidade civil das empresas de aviação diante dos constantes problemas causados aos passageiros decorrentes da crise do setor aéreo no Brasil. O problema no seu artigo é tratado, sobretudo à luz da Constituição Federal de 1988, do Código Brasileiro de Aeronáutica e do Código de Defesa do Consumidor. Ele parte da idéia de que o passageiro que pagou por um bilhete de passagem aérea, com todos os encargos sobre ele incidentes, não pode receber o tratamento que lhes vem sendo dispensado. Ele procura esclarecer em quais hipóteses poderá ser responsabilizada a União e em quais situações o dever de indenizar caberá às companhias aéreas, definindo-se, conforme a situação, a competência da Justiça Federal ou Estadual.

Artigo completo no link:

http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=10080 ou http://sisnet.aduaneiras.com.br/lex/doutrinas/arquivos/200707.pdf


Análise


Essa história de “crise aérea”, “apagão aereo” começou depois daquele triste acidente com um avião da Gol, que matou 154 pessoas em setembro do ano passado. Desde a tragédia, os controladores (as pessoas responsáveis por controlar todos os pousos e decolagens que acontecem nos aeroportos do Brasil) começaram uma operação chamada de "padrão" - que é uma forma de protesto - controlando apenas 14 vôos por vez, com o objetivo de chamar a atenção do país para o problema grave que enfrentam há muito tempo: falta de pessoal (profissionais) para controlar a enorme quantidade de aviões que cruzam o céu do Brasil todos os dias, dia e noite. Segundo as notícias, os profissionais alegam cansaço, salários baixos e muita tensão no dia-a-dia.

Cinco cabeças premiadas já rolaram por conta da crise aérea escancarada depois da morte de 353 pessoas em dois trágicos acidentes nos últimos 11 meses: foram substituídos o ministro da Defesa, o presidente da Infraero e dois diretores da Anac renunciaram ao mandato. As investigações em curso no Parlamento, desde abril passado, apontam para uma conjugação de fatores da crise: entre outros, os investimentos insuficientes em segurança no ar e na terra e a forte influência do duopólio Tam/Gol que coloca o lucro na frente do conforto e segurança dos passageiros.

A situação se arrasta há meses, sem que se vislumbre uma solução definitiva para a crise aérea brasileira. Os setores envolvidos - governo e sociedade civil, como o Comando da Aeronáutica, companhias aéreas, líderes sindicais de controladores de tráfego aéreo, parlamentares etc - se atém à troca de acusações, enquanto os passageiros amargam cancelamentos e atrasos excessivos em vôos, passando por toda sorte de situações desagradáveis. Além disso, essas divergências de opiniões só levantam dúvidas sobre a segurança do transporte aéreo no país.

No artigo do Ademir Oliveira ele diz de quem é a culpa da crise aérea e qual é a responsabilidade de cada ator envolvido (União e Companhias Aéreas). Ele deixa claro que a culpa a priori do caos aéreo é do Governo que não investe há anos em infra-estrutura no setor aéreo (uma vez que ele sabia do grande crescimento do setor). Ele deixa claro também segundo o Código de Defesa do Consumidor, cabe ao fornecedor, independente da existência de culpa, ressarcir o consumidor pelos danos causados em decorrência da má prestação do serviço e que as Companhias Aéreas tem culpa também quando faz pouco caso dos consumidores deixando-os sem informação adequadas (o que ocasiona as enormes filas e stress). E disse também, com amparo legal, quais são os direitos dos consumidores e como proceder para não sair lesado em caso de apagão aéreo.

Mas eu me pergunto porque se fala muito em “crise aérea” e ninguém toca no assunto da qualidade dos outros sistemas de transporte sem falar nas estradas brasileiras? Será porque?


Links relacionados com o assunto

http://www.idec.org.br/campanhas/facadiferenca.aspx?idc=8

http://www.acrosp.com.br/dest_crise_aerea.html

Cartilha sobre quais os direitos do consumidor na crise aérea http://www.idec.org.br/arquivos/folder_crise_aerea.pdf


Proposição

Acredito veementemente que não tem nem o que se discutir a respeito da crise aérea, uma vez que é claro o motivo pelo qual o país enfrenta esse entrave. A falta de investimento nos aeroportos (digo em termos de segurança), porque muitos aeroportos são como shopping centers tem de tudo, cinema, fast-food, restaurantes, lojas de marca etc. Mas falta segurança para viajar por causa dos equipamentos antigos e defasados que não acompanharam o desenvolvimento do setor chegando a ponto de existir áreas no território brasileiro que ficam sem cobertura dos sistemas de navegação, sem falar das péssimas condições de trabalho que os controladores de vôo enfrentam.

Portanto acredito que a única solução plausível para sanarmos a crise é a melhoria da infra-estrutura aeroportuária com investimentos em tecnologia (radares, sistema de navegação, torres de controles modernas, equipamentos de comunicação eficazes, etc) além da construção de novos aeroportos maiores e mais modernos (para atender o emergente crescimento do setor) e reformas em aeroportos construídos na década de 30; época em que voavam aviões de pequeno porte que não necessitavam de pistas longas, além disso, deveria ser feita uma reengenharia de tráfego para distribuir melhor a carga entre os aeroportos brasileiros. pistas maiores e com área de escape. Além do fato de coibir o crescimento populacional e a especulação imobiliária através das edificações nas imediações dos aeroportos a fim de evitar acidentes desnecessários.

Mas o assunto não deve parar por ai (melhoria da infra-estrutura do setor aéreo) porque isso beneficiaria apenas uma pequena parcela da população (a“elite”) que utiliza esse meio de transporte para se deslocar sendo que a grande maioria (o resto da população) utiliza outros meios de transportes (ônibus, carros, trens, metros, etc). Se faz necessário num país com dimensões continentais, a fim de promover o crescimento de sua economia, um sistema de transporte eficiente e seguro. Por isso não se pode esquecer das estradas (que estão esburacadas), dos poucos e precários vagões de trens e metrôs que não dão contam de atender a população.

Em suma a solução é uma questão de gestão e vontade política por parte dos governantes no sentido de promoverem as melhorias necessárias (infra-estrutura) nos diversos sistemas de transportes do pais.

Caso isso não aconteça a única solução será “relaxar e gozar”, mas gozar bem gosto para suportar essa situação.

P[01] Será que a crise aérea ajuda a maré alta dos cruzeiros no Brasil ?



Em todo o País, o transporte aéreo de passageiros vem apresentando problemas devido à crise do setor nos aeroportos e com os atrasos infinitos que existe, muitos turistas preferem pegar um navio do que amargar horas e horas a fio nas filas esperando embarcar para seus destinos.

Nesse sentido a temporada de cruzeiros marítimos, cuja temporada brasileira tem início em Outubro, tornou-se uma alternativa para quem não quer deixar de viajar além de ser algo novo e de fácil acesso (devido às inúmeras facilidades de pagamento).

A procura cresceu com o passar dos anos sendo que nesta temporada 2007/2008, esperam-se 70 mil passageiros a mais que na anterior, uma vez que serão 16 os transatlânticos na costa brasileira, operados por empresas como CVC, MSC, Costa Cruzeiros e Sun&Sea.

Em contra partida ao crescimento do mercado de cruzeiros esta a infra-estrutura portuária brasileira que não é das melhores. Resta saber se os portos estarão preparados para absorver esse aumento dos cruzeiros ou acontecerá o mesmo que no setor aéreo, atrasos, stress e descaso das autoridades?

Reportagem completa no link:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/noticias/ult338u317121.shtml

Links relacionados com a reportagem:

http://www.intelog.net/site/default.asp?TroncoID=907492&SecaoID=508074&SubsecaoID=483908&Template=../artigosnoticias/user_exibir.asp&ID=481719&Titulo=Nova%20temporada%20de%20cruzeiros%20ter%E1%2014%20navios

http://noticias.uol.com.br/uolnews/brasil/reportagens/2006/11/23/ult2616u361.jhtm

Analise

O fato é que bem antes de se começar a se falar sobre crise aérea no Brasil, o mercado dos cruzeiros marítimos apresentou um crescimento significativo devido a diversos fatores (facilidade de pagamento, valorização do Real, cruzeiros de curta duração, cruzeiros nacionais, etc). Normalmente a temporada brasileira, coincide com o inverno no hemisfério norte, quando as companhias marítimas deslocam seus navios ociosos para esse novo mercado emergente. As companhias já perceberam que o Brasil é um mercado emergente e os turistas descobriram que viajar de navio é vantajoso, pois oferece uma grande variedade de opções de lazer e entretenimento como se fosse um resort flutuante, além de possibilitar a visita a vários destinos cobiçados. A viagem se torna benéfica, pois alia o luxo e conforto dos resorts e hotéis cinco estrelas com a possibilidade de desfrutar de novas culturas, cidades turísticas, atrativos naturais, entre outros. Com o início da crise aérea, o setor cresceu vertiginosamente. Por um lado, as grandes companhias investem cada vez mais em novos navios, pois os destinos tradicionais como Caribe, Mediterrâneo, Bahamas entre outros já estão ficando saturados. As empresas pretendem investir nos destinos exóticos e isso é um privilégio para o Brasil. O país poderá ganhar com isso, mas, primeiramente precisa investir e melhorar sua infra-estrutura portuária e turística.

É fato que esse crescimento é ótimo para a atividade turística, mas tem que se analisar e avaliar a situação com muito cuidado para não prejudicar o turista. Uma vez que a maioria dos cruzeiros partem dos portos de São Paulo e do Rio de Janeiro, ou seja, um turista que resida em outro estado tem que se deslocar para essas capitais. E qual é meio de transporte que provavelmente ele vai escolher? É por isso que eu acho que, o setor não se beneficia da crise aérea, porque a maior parte de seus passageiros precisa fazer no mínimo pequenos deslocamentos aéreos na malha doméstica, tanto para chegar ao local de partida dos cruzeiros de cabotagem (que começam e terminam dentro do País) como para voltar para casa do ponto final da viagem dessas embarcações.

Além dessa questão do deslocamento até os portos, não se pode ignorar o fato de que nossos portos não tem infra-estrutura suficiente para absorver esse crescimento do setor de cruzeiros turísticos. Uma vez que, as operações portuárias são o principal entrave para o desenvolvimento do turismo náutico, onde os portos brasileiros não oferecem condições apropriadas. No Brasil os portos são criados com equipamentos para navios cargueiros, e não para embarque/desembarque de turistas de viagens marítimas. Por várias ocasiões os passageiros são tratados como “grãos” nos portos brasileiros, desembarcando em meio a contêineres e mercadorias em geral.

Proposição:

Assim como na crise aérea creio que não exista outra solução, para evitar transtornos e problemas no setor dos cruzeiros, a não ser uma melhora na infra-estrutura portuária brasileira. Uma vez que o Brasil tem mais de 7.000km de litoral e rios navegáveis como o Amazonas se faz necessário portos com área de embarque e desembarque exclusiva para passageiros (turistas), e uma infra-estrutura de apoio ao turismo completa como é o caso dos aeroportos com (lanchonetes, restaurantes, agências de viagens, casas de câmbio etc) onde todos os tipos de transatlânticos possam aportar.

Pois na disciplina de Transportes Turísticos, cursada no 4º período do curso, tivemos conhecimento que nem todos os transatlânticos podem atracar nos portos brasileiros por causa do calado (profundidade mínima necessária para o navio flutuar). Os portos brasileiros a média do calado é de 8 metros sendo que o maioria dos cruzeiros precisam de 7 a 10 metros de profundidade para não encalhar. A solução a curto prazo é dragar (retirar a lama e areia do fundo do mar) nas águas perto dos portos.